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Um clichê renovado: insegurança na internet

Por: Igor Magalhães

 

Quando se pensa em crimes praticados na internet, pode vir logo à  mente de muitas pessoas ataques de vírus, pirataria online, roubo de arquivos, invasão de computadores e outros dispositivos informáticos. No entanto, com mais pessoas tendo acesso à rede mundial de computadores, capaz de conectar pessoas de todos os lugares do mundo, pessoas com as mais diversas intenções, hoje essa realidade está muito mais complexa.

 

É preciso atentar para os crimes virtuais  praticados por pessoas diretamente contra pessoas, quando a tecnologia funciona apenas como ferramenta para tal. Crimes esses que não são novos tipos de delitos, mas velhos maus feitos que ganharam novo aspecto com a tecnologia.

 

Calúnia, injúria, difamação, ameaças, assédio, perseguição (stalking), bullying, exposição íntima, discriminação, entre outros. Várias dessas práticas já são tratadas como crimes pelas legislações de diversos países, incluindo Brasil, mas a novidade é que eles são bem mais perigosos na modalidade virtual.

 

O alcance maior de pessoas, a possibilidade do anonimato, a maior dificuldade de se investigar um crime virtual e a expectativa de impunidade estimulam os criminosos. Uma informação falsa que atinge a reputação de alguém, se for compartilhada várias vezes, tem um poder de estrago muito maior na vida dessa pessoa. E se uma imagem íntima cair na rede, como descobrir quem divulgou? Como se defender de um desconhecido numa rede social que assedia e ameaça?

 

Este especial procura esclarecer algumas dessas questões. Quando grande parte da vida social passa a acontecer nos ambientes virtuais, incluindo as práticas criminosas, as autoridades não podem ignorar isso. As leis precisam lidar com essa nova realidade, as polícias devem ter estrutura para atender as vítimas desses crimes e poder de investigação. O importante é ter a consciência de que a internet não é terra sem lei.

 

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